Quem não gosta de sacar uma rolha? Sim, nós que adoramos um bom vinho, também adoramos aquele ritual de cortar a cápsula, girar a espiral até que entre toda na rolha e depois, lentamente, sacar a rolha da garrafa. Uma boa análise da rolha nos dá indícios sobre o vinho que iremos degustar.
É um ritual. Um prazer.
Aí chegaram ao mercado as garrafas com tampa screwcap. Quem gosta de vinhos sulafricanos ou australianos bem deve conhecer.
São tampas de alumínio, revestidas com material plástico. Basta apenas girar a tampa, um lacre se quebra e o vinho está pronto para ser consumido.
Mas e a tradição?
Tudo ao redor do vinho gira em torno da tradição. A escolha, o preparo, a harmonização, as taças e o sacar da rolha.
Mas há uma tendência de mudança.
A eficiência apresentada pelas tampas screwcap tem ganho a aceitação dos consumidores.
Segundo a revista Decanter, em uma pesquisa realizada pela Wine Intelligence, em 2011 85% dos consumidores de vinho na Inglaterra aceitavam vinhos com “rolha” screwcap, contra 41% em 2003.
Ainda segundo a revista Decanter, “rolhas” screwcap são muito boas para vinhos tintos e brancos.
Com um custo de cerca de 1/3 do custo de uma rolha convencional, as “rolhas” screwcap contribuem com o barateamento do preço do vinho, principalmente no caso de vinhos de consumo rápido e já detendo cerca de 15% do mercado global, ainda segundo a revista Decanter.
Muito me agradam vinhos com “rolha” screwcap, principalmente vinhos brancos e tintos jovens.
Já para meus vinhos de guarda, minha preferência vai para as rolhas. Apenas pelo motivo do ritual de sacar a rolha, de preferência com boa comida, boa companhia e boas risadas para acompanhar.